Homem é o décimo terceiro preso na Operação Shutdown, em que o MPSC investiga associação criminosa por exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de empresas de fachada em Rio do Sul e região.
Em continuidade às investigações da Operação Shutdown, deflagrada no dia 4 de setembro contra um grupo responsável por explorar jogos de azar, praticar crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro em Rio de Sul e região, foi preso o último investigado que teve mandado de prisão decretado na apuração e até então não havia sido localizado.
O homem, capturado na quarta-feira (10/9) em Curitiba (PR) por Policiais Civis do Centro de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil de Curitiba, é o décimo terceiro preso na investigação. Outras 12 pessoas já haviam sido presas com mandado de prisão preventiva pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e pela Polícia Militar de Santa Catarina no dia da deflagração da operação.
O procedimento investigatório criminal é conduzido pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Rio do Sul. Além das 13 prisões, a operação já cumpriu 36 mandados de busca e apreensão em municípios de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Houve também sequestro de bens móveis e imóveis e bloqueio de contas em instituições financeiras em desfavor dos investigados. Foram apreendidos pela operação no dia 4 de setembro mais de US$ 430 mil, mais de R$ 1,1 milhão (em espécie), R$ 12,2 milhões em cheques e outros objetos, além de três carros importados de luxo, um iate e uma lancha. Ao total, houve a apreensão de 31 veículos.
A investigação revelou a existência de um grupo criminoso altamente estruturado, voltado à prática de crimes financeiros sofisticados e de longa duração. O grupo criminoso, conforme as apurações, atuava de forma reiterada e extremamente articulada, utilizando mecanismos complexos para ocultar a origem ilícita de recursos provenientes da exploração de jogos de azar, especialmente o "jogo do bicho".
De acordo com as apurações, os investigados faziam uso de "laranjas", empresas de fachada e movimentações bancárias incompatíveis com a renda declarada, com o claro objetivo de dissimular a origem dos valores obtidos ilegalmente e inseri-los no sistema financeiro formal - prática conhecida como lavagem de dinheiro.